29.8.09

Só restam mais dois dias de Na Verdade Não Era no Teatro José Maria Santos.
Hoje (sábado) às 20h e domingo às 19h.
Não perca!!!

25.8.09

Estamos na TV!!!

Nesta sexta, às 13h30, as meninas de Na Verdade Não Era falam sobre o espetáculo ao vivo na TV Mercosul. Não Perca!

21.8.09


Venha conferir!!
No Teatro José Maria Santos!!!

18.8.09

Isto é tecnologia do afeto

Tecnologia do afeto é assim: você dá um abraço podendo utilizar ou não os braços.
É difícil desgrudar, mas você tem que continuar caminhando.
Há quem derreta até o chão. Há quem não quer ser abraçado. Também quem é indiferente. Tem aqueles que não aguentam ver. E os que formam montes humanos.
Você pode ser muito grudento e ninguém mais querer te abraçar. Ou ser muito frio e ganhar um abraço a força.
Você pode se jogar nas costas, abraçar as pernas, se pindurar na cintura, puxar os cabelos.
Talvez você sue. Talvez você tenha uma ereção. Talvez falte ar. Talvez doam as pernas. Talvez você tenha um ataque de riso. Talvez um sorriso.
E então já não importa se alguém te quer ou te rejeita, se você corre demais pra conseguir um abraço ou se grudaram no seu pé.
O que importa é a técnica aplicada. Técnica de vida viva. Técnica de ação e reação. E inércia. Técnica para chegar, para sair, para beijar, para escarrar, para ignorar, para escorregar, para recomeçar com o outro. Sempre assim, sempre com o outro. Didaticamente.
Isto é tecnologia humana. Precisamente afetiva.

17.8.09

Então já estamos na metade da temporada. Corra para assistir Na Verdade Não Era!! Ainda há tempo para desvendar o mistério...

Mas antes, um tira gosto:

"ILI: Já sentada no ônibus U olha para a velha na calçada... Vê que a velha arrasta uma cauda de culpa, que mais se assemelha a cauda de um crocodilo... A velha arrasta aquela cauda com ela para onde for... E U vê os pregos de trinta centímetros pregados no rabo da velha... Os pés sujos e descalços da velha...

INHA: Nenhum sapato...?

KEL: ...Borracha...?

ILI: ...Nada... A velha pisa na frigideira do asfalto e não faz nenhuma careta de dor... Se bem que o rosto da velha é todo ele o rosto da dor, isso se a dor tivesse um rosto só...

KEL: São fiapos de manga aquilo ou é o cabelo da velha...?

ILI: É exatamente essa a indagação que U faz...

INHA: U sentiu o fedor dessa velha?

ILI: E o fedor está com ela agora ali no ônibus... É um cheiro desses que afugenta ratos...

KEL: U pensa que a boca da velha é podre que nem a boca de um abutre...

INHA: Ui, guria...

KEL: A velha feiticeira...

ILI: Todos temem a velha...

KEL: E U, a tonta, tropeçou no balde amaldiçoado da velha...

INHA: Cagada..."

Por Luiz Felipe Leprevost.

13.8.09

Na calçada... Um balde... Chamas, fogo dentro do balde... Uma velha pede esmola... Recebe a esmola dos transeuntes... Pega as cédulas de dinheiro e joga dentro do balde... As cédulas viram fumaça... As moedas permanecem intactas...

10.8.09

Tivemos uma boa primeira semana de temporada!
E a segunda será ainda melhor...

Esperamos a todos!!

6.8.09

A temporada começou!

Então é isso. Estamos em temporada. E é um prazer! Ainda mais por sermos um dos bravos que se tornaram as únicas opções teatrais de Curitiba. Estamos felizes em receber cada um que vai ao teatro. Estamos esperando todos que ainda não foram...

Se você está preocupado com a gripe, não se preocupe, temos álcool na entrada e você ainda pode fazer como o pai da Kelly que foi de máscara e pagou meia entrada.

Estamos animados com o final de semana que está começando. Apareça!!!!

Serviço:
Na Verdade Não Era
Local: Teatro José Maria Santos
Data: 05 a 30 de agosto
Horário: de quarta a sábado às 20h e domingo às 19h
Ingressos populares: R$10 (jnteira) e R$5 (para estudantes e mascarados)

5.8.09

Gazeta do Povo: Curitiba no tabuleiro

A peça Na Verdade Não Era, do Teatro de Ruído, volta ao cartaz depois de uma boa recepção no Festival de Curitiba
Publicado em 05/08/2009 Luciana Romagnolli - Gazeta do Povo
Uma das peças locais que alcançaram maior projeção no último Festival de Curitiba retorna ao cartaz esta semana. Na Verdade Não Era, apresentada na Mostra Novos Repertórios pelo grupo Teatro de Ruído, inicia hoje à noite uma nova temporada no Teatro José Maria Santos, onde permanece por um mês, pelo Circuito Cultural Sesi – Teatro Guaíra.
O espetáculo é fruto do encontro entre a diretora Nina Rosa Sá, da extinta Cia. Provisória, com o dramaturgo Luiz Felipe Leprevost. Eles se conheceram quando participaram juntos de uma leitura de escritos de Hilda Hilst. Logo, acompanhando o blog do novo amigo, a diretora se interessou pelo que ele escrevia, e comandou a leitura cênica de um fragmento de 20 minutos, então intitulado Na Verdade Não Era um Sinal de Vá Tomar no Cu.
A parceria foi dando certo, encontrou lugar na Mostra Cena Breve do ano passado e evoluiu para um espetáculo completo, ao mesmo tempo em que Leprevost e Nina fundaram juntos uma nova companhia, a Teatro de Ruído.
Para aquelas poucas páginas iniciais se avolumarem até o texto final, urdido com tintas surrealistas, o dramaturgo se serviu dos traços de personalidade que as atrizes Ana Ferreira, Cilliane Ven­drusculo e Kelly Eshima haviam conferido às personagens na ocasião das leituras. “A Kelly tem uma veia mais cômica que fica clara no texto, a maior parte das falas engraçadas é dela. A Ana tem uma postura questionadora mais incisiva. E eu acabo sendo mais diplomática”, comenta Cilliane.
Ela centraliza a narrativa das aventuras da garota U, da qual se ocupam as três atrizes, vestidas como pinos de uma partida de tabuleiro. Movem-se o mínimo possível, para deixar que as palavras ditas ganhem toda a atenção. Como peças do jogo, alternam a vez de falar, ora competindo entre si, ora se ajudando mutuamente a inventar a saga urbana por Curitiba.
“Leprevost trabalha com um texto completamente narrativo. A ação se dá na fala. Nosso trabalho foi como imprimir diversas camadas a essa história, porque é engraçada, mas tem também uma dimensão do trágico, do caos urbano e dos seres que estão à margem”, diz Nina, citando figuras como as universitárias que custeiam seus estudos trabalhando como garçonetes, a velha mendiga e as senhorinhas praticantes de budismo sempre vestidas de roxo.
Outro tema incubado na peça é o estar só na multidão da grande cidade. “A solidão, benzinho, é essa manada que tá aí”, diz a certa altura o texto.
Dois atos se passam em que toda a “ação” é condensada na sugestão intensa de imagens. A partir de um terceiro momento, os planos do real e do imaginário se confundem. Saem as três contadoras de histórias e entra em cena a própria U, em monólogo de Uyara Corrente, que não à toa emprestou a primeira letra de seu nome ao papel que interpreta. E U diz que as outras é que eram personagens da sua imaginação.
Entusiasmado com a boa acolhida que teve até agora, o Teatro de Ruído planeja prolongar a vida do espetáculo, inscrevendo-o em editais e festivais pelo país. O primeiro a ser confirmado foi o Festival de Teatro de União da Vitória, em outubro.
* * *
Serviço
Na Verdade Não Era. Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655), (41) 3304-7954. Quarta a sábado às 20 horas e domingo às 19 horas. R$ 10 e R$ 5. Até 30 de agosto.

3.8.09

Amigos, agora estamos no twitter.

http://twitter.com/teatroderuido

Sigam-nos os bons!!!

Se estes caras estão envolvidos é porque a situação é barra pesada.

Kelly: Duas horas da madrugada o Detetive entra no Gato Preto.
Ana: Gato Preto?
Cili: Gato Preto, a boate?
Kelly: A boate, ele entra na Boate Gato Preto procurando por U.
Ana: Tá.
Kelly: O balofo atrás do balcão lhe serve um caubói made in Paraguai.
Ana: Que o Detetive vira num gole.
Cili: Mimetizando o modo como Fredi tomara à tarde seu café.
Kelly: Exatamente.
Ana: O uísque rasga sua garganta.
Cili: Sou carnívoro, não piro maníaco.
Kelly: Sou carnívoro, não piro maníaco, é o que o Detetive pensa.
Ana: De repente ele escuta um bafo podre na sua nuca: Tá procurando quem valentão?
Kelly: Então ele nem sequer se vira, e diz: Não é da tua conta.
Cili: Não é da tua conta.
Kelly: Quem está ali é Manolo, um maníaco.
Ana: Isso, Manolo, o Detetive conhece a fama de Manolo, e pode acreditar, não é das melhores.
Kelly: Manolo dá um mata-leão, tenta imobilizar o Detetive.
Cili: Sorte que o Detetive...
Ana: Azar de Manolo
Cili: Tem treinamento.
Ana: Aliás...
Cili: Aliás, sorte de Manolo, porque o Detetive não pretende matá-lo.
Kelly: A menos que se veja obrigado.
Ana: Ele se vê obrigado.
Cili: Então, com um golpe de Krav Maga, Manolo é lançado em cima de uma mesa cheia de copos e garrafas.
Ana: Isso, em segundos o Detetive controla a situação, mas (ironicamente) por breves segundos.
Cili: Pois aparece o filho da mãe do Urso.
Ana: Outro psicopata catedrático da área.
Kelly: Ironicamente.
Cili: Se esses caras estão envolvidos é porque a situação é barra-pesada.
Ana: A situação é barra pesada.
Cili: O Urso ergue o Detetive pelo colarinho.
Ana: E chacoalha.
Cili: O cérebro do Detetive é uma coalhada com mel.
Ana: Só que mais amarga do que a da Confeitaria das Famílias.
Kelly: Por algum momento, quem vê a cena de fora pode até confundir o Detetive com algum bunda-mole.
Ana: Mas quando o sangue entra em contato com outras substâncias...
Cili: Nesse caso a raiva.
Ana: O que acontece com quem está por perto, é de dar pena.
Kelly: Nem sequer se faz necessário que o Detetive use seu 38 série limitada.

2.8.09

Nesta quarta, retorna aos palcos curitibanos a maior saga urbana do teatro!!







Estar lá é uma questão de fazer parte da história!!